A ciência espiritual do Dever Eterno, ou: Sanatana Dharma transcende tempo, espaço e circunstância. Não é de nenhum povo, religião ou grupo para qual se aplique. É um Lei Universal que pode orientar a todos.
A palavra sânscrita “sanātana” compõem-se de “sanā= antigo; ancestral; anterior, etc., ; + atana= passagem; o que passa.
Literalmente, o que “sempre passa”, no sentido que sua teleologia é ficar passando eternamente (o Ser).
Entre tantos termos, sanātana quer Dizer: “eterno; perpétuo; permanente; sempre existente; primevo; antigo, interminável, sem-fim”, e assim por diante.
Dharma é outro termo que possui centenas de significados, entre eles: “ordem; lei, prática; costume; conduta prescrita; dever; direito; virtude; moralidade; ‘religião’ (por favor, não confundir com instituições religiosas); boa-ação; regra; justiça; natureza da coisa; conformidade com a retidão”, e assim por diante.
O conhecimento védico possui muitas linhas de estudos e significados. Dentro da Gaudiya Vaishinavismo, Sanatana Dharma, ou o eterno dever é basicamente:
- Reconhecer quem somos,
- Quem é Deus e
- Qual o vínculo que como uma entidade vivente temos que estabelecer para com seu criador e suas criação.
Sanatana Dharma é um conhecimento que se transforma em conduta qualifica-nos para a Auto Realização. E que conduta seria esta, que se observada pode nos revelar a verdade?
Muito similar a frase citada na Bíblia em João 8:32, conhecer a verdade sobre os deveres para os Seres Humano é uma oportunidade para nos liberar de diversos condicionamentos e suas reações.
Reconhecendo quem somos:
A Alma é superior ao corpo material. Estamos condicionados a pensar que somos um corpo, um nome, e que está personalidade é tudo o que temos. Esse condicionamento material nos limita profundamente.
O primeiro passo desse código de conduta chamado Sanatana Dharma está em compreender que todos esses conceitos acima incluindo nossos bens materiais e títulos como os que adquirimos em Universidades, serão irrelevantes no futuro, quando tivermos que abandonar nosso corpo físico.
Evidente que ambos, tanto nosso corpo físico atual e nossos bens e títulos podem ser empregados de forma consciente. Entretanto, é disso que se trata esta lei original, nos recordar que tudo tem um propósito superior a nós mesmos.
Descobrindo um Deus Supremo, mas a nossa semelhança
Este é o tema mais delicado e polêmico já que existem muitas vertentes de conhecimento e estudo em diversas culturas e ramas dessas culturas. Quem é Deus? Onde ele vive? O que ele faz? O que ele nos orienta a fazer? Porque nos criou? Porque estamos aqui em um mundo material temporário e com diversas provas?
Facilmente poderíamos afirmar que a vida não vêm com um manual e nos limitar a aprender errando. Mas sim, existem códigos milenares de condutas em diversas culturas e origens em vários povos/nações.
Os livros que estudamos em nossa linha e que apresentam essas instruções de forma detalhada contidas no conceito de Sanatana Dharma são:
E o que esses livros milenários nos convidam a conhecer? Nos convidam a entrar no mundo transcendental e vir a tomar ciência de quem é esse Deus que se revela a quem lhe busca com humildade, sinceridade, esforço e devoção.
Para quem buscar desenvolver tais qualidades, certamente essas obras abrirão vossos coração para compreender o conceito de Sanatana Dharma de uma forma íntima, onde, você poderá contar, certamente, com um Guia Supremo como Mestre, habitando seu coração, sua inteligência e sua consciência.
Qual o vínculo que como uma entidade vivente (Jiva) temos que estabelecer para com seu criador (Bhagavam) e suas criação.
A Suprema Personalidade de Deus, o Senhor Krisna, descreve ele mesmo nos seus passatempos, descritos nos livros acima as variadas formas de vincular-se a ele. Se pudesse resumir em uma forma, para iniciarmos esse processo de religare, seria a forma que o Senhor Chaytania, uma Avatara de Krisna nos orientou a seguir: de servidor, do servidor de um servidor.
Dasya: é uma das cinco formas de vínculos com a suprema Personalidade de Deus, Krisna e nos qualifica para as demais, que incluem a amizade, a familiaridade entre outras.
Aspirar servir a Suprema Personalidade de Deus requer associar-nos com quem já está realizando esse serviço.
O trecho acima da Bíblia na visão do Sanatana Dharma é traduzida da seguinte forma: ninguém se vincula a Krisna sem antes associar-se a um outro devoto, e aceitar um mestre que lhe ensine sobre Krisna. Jesus é um guru e ele está se referindo que sem conhecer sobre a conduta correta de vincular-nos a Deus, será impossível qualificar-nos para a auto realização.
Porque? O mundo material está desenhando para nos condicionar a desfrutar separadamente de Deus e foi nosso desejo manifestar-nos nesse estado de consciência. Para voltar a casa, necessitaremos recuperar a consciência de Krisna. Sanatana Dharma é um meio para que essa consciência isso possa despertar.